13 de novembro: À regarder le Lotus | Ao ver a flor de Lotus

Flor de Lotus | Fleur de Lotus

Flor de Lotus | Fleur de Lotus

 

 

 

 

 

 

À REGARDER LE LOTUS

Arrivée à Wun  Tao, ancien Cap Saint Jacques le 12 Novembre, heure locale 11.15h.
Les pilotes et les douaniers vietnamiens montent à bord, nous entrons dans la rivière de Saigon. Wun Tao est le point de départ de la fuite en avant des Boat people, lieu de détente pour les soldats pendant la guerre, un lieu chargé d’histoire, aujourd’hui flanqué d’une croix assez récente, en béton armé, aux allures de Rio de Janeiro. La chaleur est moite, tropicale.
Au moment d’accoster au Vietnam mes souvenirs sur les cours d’histoire de la violente décolonisation française et les images sanglantes d’ Apocalypse Now remontent à flot.
Saigon devenue Ho Chi Minh ville est en plein essor, la ville regorge de projets architecturaux, de projets de transport, création de métro, de TGV… Le lendemain une excursion sur le fleuve du Mékong nous dit les immenses disparités sociales. L’heure est à la reconstruction. La carte du passé est sombre, le territoire semble paisible, presque rieur.
Entre les berges douces du Mékong, les rizières verdoyantes et mes images mentales sur la souffrance vécue d’un peuple, un hiatus affleure. Il faut pourtant dans une ancienne villa,  comme le conseille Meng Hao Jan,regarder le lotus blanc:

Soleil couchant, la pluie dense ne cesse,
Une lumière émeraude descend dans la cour ombragée,
A regarder le lotus, quelle pureté.
On réalise alors le cœur sans souillure.[1]


[1] TAO POÉTIQUE, Vrais poèmes du vide parfait, Ed. Moundarren, Chemin des bois, Millemont, France, 1986. Poèmes traduits du chinois par Cheng Wing Fun et Hervé Collet.

 

AO VER A FLOR DE LÓTUS

Chegamos em Wun Tao, antigo Cabo Saint Jacques, dia 12 de Novembro, as 11. 15. Da manhá.
Os pilotos e policiais sobem a bordo para verificar nossos passaportes, e adentramos no
Rio Saigon. Wun Tao foi o ponto de partida da evasão dos Boat People, o local também
No qual os soldados relaxavam durante a guerra. Um lugar repleto de história, hoje decorado com uma enorme cruz de cimento com ares de Rio de Janeiro. O calor húmido é tropical. Na hora de aportar no Vietnã minhas lembranças sobre as aulas da violenta descolonização francesa e as imagens cruas de Apocalypse Now me vem a mente. Saigon que se tornou Ho Chi Minh está em plena expansão,  repleta de projetos arquiteturais, de planos de transporte como a criação de um metro, de um TGV… No dia seguinte um passeio no Mékong nos mostra as imensas diferenças sociais. A hora é a da reconstrução. O mapa do passado é sombrio, e o território apaziguado, quase sorridente.  Entre as margens calmas do Rio Mékong, os campos de arroz verdejantes e minhas imagens mentais sobre o sofrimento atravessado por este povo, aflora um descompasso. É preciso no entanto numa casa antiga, como aconselhava Meng Hao Jan, ver a flor de lótus

 Cair da tarde, chove sem cessar,
Uma luz verde esmeralda inunda o pátio encoberto,
Ao contemplar a flor de lótus, que pureza,
Realizamos que não há mácula no coração humano[1].


[1] Ibidem 1

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